sábado, 7 de março de 2009

Personalidade da semana- Akira Kurosawa







"O Luminoso", (1910-1998) deixa uma vasta filmografia de 32 filmes. Foi pintor, ilustrador de revistas, publicitário e assistente de direcção antes de se tornar cineasta.
É o cineasta japonês mais conhecido no Ocidente, facto que lhe causou alguns problemas, pois muitos japoneses achavam-no "ocidentalizado" demais.
Inicialmente Kurosawa trabalhava com filmes de Dramas Realistas Contemporaneos, (o Japão vivia o pós-guerra) onde ele evoca o Neo-realismo Italiano.
O apogeu da sua carreira dá-se na sua fase Jidaigeri (filmes de históricos samurais): Os Homens que Pisaram a Cauda do Tigre (1945), Rashomon (1950)- onde recebe o Leão de Ouro no festival de Veneza-, Os sete Samurais (1954), Trono Manchado de Sangue (1957). Esta fase vai até Barba ruiva (1965), depois deste filme Kurosawa passa por uma fase crítica, sem financiamento e com filmes de pouca repercussão. Reerguer-se-à em 1975 com Dersu Usala, em co-produção com a União Soviética, onde recebeu o Oscar de melhor filme estrangeiro.
Depois foi apoiado por cineastas norte-americanos como Francis Forda Coppola, Scorcese e George Lucas. Obteve assim recursos para criar novas obras-primas.
Os seus últimos filmes (Sonhos, Rapsódia em Agosto e Madadayo), são pinceladas intimistas sobre o tempo, a morte e a velhice.
O mais tocante da sua obra é a grandeza de sentimentos e, se hoje em dia temos a oportunidade de conhecer a cultura oriental no cinema, o grande responsável por isso é Akira Kurosawa.

1 comentário: